8 de outubro de 2009

A História de Julio - parte 2



Na minha encarnação anterior tive por pais os mesmos espíritos que o foram nesta última.

Eles formavam uma família feliz. Meus pais, casados há anos, viviam harmoniosamente, tinham duas filhas casadas e netos, quando mamãe engravidou. Embora surpresos, achando-se velhos, me receberam como presente de Deus. Foram excelentes pais, me amaram, cuidaram de mim, me educaram, dando ótimos exemplos. Cresci forte, sadio e inteligente.


Espírito inquieto, não dei valor a nada que recebia. Achava meus pais velhos, "caretas" e me envergonhava deles. Era respondão, às vezes bruto com eles. Achava que me enchiam.
Estudava numa universidade e comecei a consumir drogas. Não tinha motivos como desculpas. Não existem motivos para entrar no vício, mas alguns viciados arriscam algum fator para se justificar. Quis sensações novas e achei que nunca ia me tornar dependente delas. 


Das leves às pesadas, me viciei, porém achava que as largaria quando quisesse. Comecei a gastar mais dinheiro e mentia aos meus pais, dizendo que era para o estudo. Não desconfiavam e me davam, privando-se até de remédios.
Foi então que ocorreu o acidente. Numa viagem de fim de semana, meus pais desencarnaram juntos num acidente de trem.


Senti a falta deles, mais ainda do que eles faziam por mim. Não quis morar com minhas irmãs, fiquei sozinho na nossa casa. Formei-me dois meses depois e arrumei um emprego. Mas passei a me drogar cada vez mais. E agora não escondia e as usava em casa.
- Júlio, por favor, pare com isso! Pense em nossos pais! — diziam minhas irmãs, preocupadas.
- Não sou um viciado! Uso-as porque quero e paro quando quiser — respondia rudemente.
Minhas irmãs, cunhados e até sobrinhos, ao saberem, tentaram me ajudar. Passei a ser violento, não aceitei a intromissão deles.


Fonte:
Nossos agradecimentos ao site
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